quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

FELICIDADE – é possível aprender a ser feliz?

Depois de uma longa pausa, inicio o post de hoje com duas frases: A primeira é a do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill, que dizia “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade" e a outra é de Skinner, onde ele afirma que: “o pássaro não canta porque está feliz, mas sim está feliz porque canta”.

Gosto de frases e poemas porque são formas bem interessantes para descrever coisas que muitas vezes nos escapam.

Não é de hoje que este tema é objeto de investigação em medicina, economia, psicologia e outras áreas. De maneira geral, o que todos querem é compreender o que faz alguém ser feliz. Muitos querem até mesmo uma receita para ser feliz, um curso, quem sabe....

E você, o que faz quando não está feliz?


Deita na cama e chora? Se a resposta for sim, eu diria que não devia. O que precisamos fazer é prestar atenção em “como” e “onde” estamos dispensando nossas energias. A felicidade pode ser aprendida, sim – aliás, meta fundamental para a nossa vida. Embora, algumas pesquisas afirmem taxativamente, que dinheiro traz felicidade, eu diria que pode até trazer, mas esse estado de felicidade é efêmero. Pensar que a felicidade está fora de nós, em deixar-se iludir pela cultura consumista, da beleza e do status, que vem pressionando e exigindo necessidades novas a cada minuto para as quais não estamos preparados, pode causar uma armadilha infinda aos nossos sentimentos.

Nossa felicidade depende, em grande parte, do que fazemos – que está condicionado por nossa perspectiva, leitura e compreensão dos fatos informados por nossos sentidos.

A meu ver, a fonte mais duradoura de felicidade encontra-se internamente, quando encontramos sentido ao acordar e viver a vida, quando nos relacionamos harmoniosamente com as pessoas, quando efetivamente nos satisfazemos com as pequenas coisas do cotidiano e não depositamos a responsabilidade em ser feliz no outro. Os pássaros, assim como os humanos, não nasceram sabendo cantar, eles aprenderam.


Tudo depende da forma com que vemos os eventos, depende dos “óculos” que utilizamos para enxergar a "realidade". “Óculos”, escolhidos por nós, que facilitarão – ou não, a nossa jornada. O que interfere é a percepção de que há algo bom, interessante e desejável para se fazer, para se viver. Se você fizer uma viagem que considera boa, você estará feliz. Se for à academia e se sentir bem, se receber a ligação de um amigo e isso te inspirar a chamá-lo para sair, se tomar um sorvete com a sensação de que isso é uma coisa muito boa, você fará com muita felicidade, esse sorvete terá o melhor sabor do mundo, porque você poderá escolher o sabor que quiser para o seu sorvete - e também para a sua vida.

Lembre-se: você é livre, responsável e tem o controle de sua própria vida. É você quem irá decidir o que vestir, com quem namorar, o que estudar, onde irá trabalhar. Não permita que outros escolham por você.

Nossos limites são impostos por nós mesmos. Escolha ser feliz nas pequenas coisas, no dia a dia, todos os dias!A vida de um adulto saudável, como eu a entendo, implica assumir responsabilidades e se comprometer todos os dias consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor.

A felicidade, independentemente da nossa definição para ela, tem a ver – penso eu, com a própria vida: o que sou e o sentido que dou à minha existência.

Quando evitamos os desprazeres da vida, alcançamos a felicidade. Em termos comportamentais, aja visando REFORÇADORES NEGATIVOS - estímulos que gerem ansiedade, dor ou angústia. Quando se age, está subentendido que se fez uma opção, que se decidiu agir daquela determinada maneira frente à situação que se apresentou. Isso torna a pessoa muito mais assertiva – tema já mencionado anteriormente. Dito de outra forma, satisfaça seus desejos, obtenha REFORÇAMENTO POSITIVO - coisas agradáveis em nossa vida. O desejo, do ponto de vista comportamental, é um efeito sentido pela privação de reforçadores: desejamos aquilo que nos foi ou pareceu bom um dia e nos sentimos privados hoje.

Uma vez que saibamos obter reforçamento (tanto positivo quanto negativo) e exercermos essa classe de operantes relacionados ao cultivo dos prazeres, viveremos, nas palavras de Epicuro, uma vida serena, pacífica, cheia de contentamento e satisfação.

SER FELIZ NÃO É APENAS UM DIREITO DE ALGUNS, PARA MIM, É UMA OBRIGAÇÃO NATURAL DE TODOS! (Frase retirada do livro: Quando me conheci, de Jorge Bucay). 
                                                          SEJA FELIZ!!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS

É impressionante ver como as pessoas tendem a desperdiçar tanto tempo na vida procurando um culpado por tudo o que lhes acontece de ruim. Quantas pessoas fazem coisas contra a sua vontade, falam coisas que não gostariam ter dito, ou aceitam um convite de alguém e depois se arrependem? 

Sabe quando você está em casa sem companhia e sem ânimo? O que seria mais lógico? Se está sozinho(a) e não está bom, vai para o mundo! Procure atividades! Mas você não vai. Escolhe ficar em casa cada vez mais desmotivada(o). Parece que tem alguma coisa te segurando. Sabe o que é isso? É você mesmo(a)! São os seus pensamentos automáticos negativos. 

Os pensamentos automáticos se referem a todo conteúdo mental (percepção, interpretação, julgamento, idéia ou lembrança) do qual não temos consciência. Normalmente são privativos ou não-declarados, e ocorrem de forma muito rápida. É tudo aquilo que passa por sua cabeça e você não questiona, aceita como verdadeiro simplesmente porque lhe passou pela cabeça. 

Exemplo: Se você tem um grande projeto a entregar no trabalho e pela sua cabeça passam os pensamentos automáticos - “é muita coisa para mim. Não vou conseguir entregar a tempo. Não vou conseguir encarar o meu chefe. Vou perder meu emprego e tudo o mais na minha vida”. Então você tende a ficar muito ansioso(a).
Às vezes, os pensamentos automáticos podem ser logicamente verdadeiros e podem ser uma percepção adequada da realidade da situação. O problema aparece quando esses pensamentos automáticos são falsos e negativos. Vamos pensar no exemplo acima. Será que se a pessoa não conseguisse entregar a tempo o projeto, ela não poderia pedir um prazo maior? Será que ela realmente perderia o emprego caso não conseguisse terminar? Ela perderia tudo na vida mesmo?

Bom, o que acontece é que não estamos acostumados a pensar sobre aquilo que pensamos. Eu diria que às vezes a solução está ali tão perto, que não conseguimos enxergar. Isso porque a solução está dentro de nós e não fora como muitas vezes procuramos. É preciso trabalhar e modificar os nossos pensamentos automáticos para sermos mais ASSERTIVOS na vida.

Não adianta você ter aquele carro divino se você não estiver em paz com a vida e com você. Não tem graça nenhuma passear em Paris se você estiver vendo as coisas em preto e branco. Sabe aquele emprego que era tudo o que você queria? Se você não estiver bem com você mesmo(a), você acaba pondo o emprego a perder e nem se dá conta disso.

Muitas pessoas colecionam uma lista imensa de oportunidades perdidas. Pessoas que perderam o homem ou a mulher de suas vidas porque não conseguiram manter o relacionamento devido a pensamentos automáticos distorcidos.

O bem estar não vem de fora para dentro. É a nossa mente que comanda tudo. É a nossa mente que nos diz se o dia de hoje valeu a pena ser vivido. Assim sendo, desejo:

BONS PENSAMENTOS PARA VOCÊ!!!

Aproveito também para deixar a dica de um filme: SE ENLOUQUECER, NÃO SE APAIXONE.
Um drama-comédia bem simples, porém interessante, que retrata a história de um adolescente que sofre as pressões quanto ao amadurecimento. Craig tem idéias suicidas e muitos pensamentos automáticos negativos.  Ele resolve se internar numa clínica psiquiátrica e lá fica por um período de 5 dias. Tempo suficiente para conviver com adultos com problemas mentais bem diversificados. A partir de sua experiência no local, descobre novas possibilidades de encarar a vida, o amor e a própria demanda gerada pela fase da adolescência.  

sábado, 20 de agosto de 2011

FRACASSO

Desde tenra idade, somos preparados para vencer. Nenhum pai ou mãe ensina o filho a ser um derrotado, pelo menos não intencionalmente. Não aceitar o fracasso como possibilidade implica perder o contato com a realidade. Certa vez, ouvi uma frase que dizia: “grandes expectativas, grandes frustrações”. Mas não é assim - vejo constantemente, pais criando filhos cegos para esta possibilidade, necessária para que possamos nos levantar após cada decepção. A expectativa de que nunca falharemos deixa-nos ansiosos e auto-exigentes.

SERÁ QUE ESSE COMPORTAMENTO APRENDIDO NA INFÂNCIA PODE NOS ATRAPALHAR NA VIDA ADULTA?


Penso que sim. Considero essencial ensinarmos as crianças a lidarem com as frustrações desde cedo - quanto antes, melhor! Tenho uma amiga que carrega em suas memórias de infância mais doces a cena do pai a levando de volta a bicicleta logo após a queda. Esse é um belo exemplo onde se ensinou uma criança a não paralisar diante do fracasso. Ensinou de que um fracasso não significa que ela nunca será bem sucedida, só significa que ela está em processo de evolução. Sempre podemos encontrar novas formas de fazer a mesma coisa de outro jeito. Persistir em terreno infértil, não nos dará frutos, mas, podemos colhê-los na medida em que tentamos “novas terras”, novos caminhos.  

Evidentemente, a cobrança social causa dor e sofrimento às pessoas. Cobram-nos tudo! Quando casamos, em seguida vem a pergunta: quando irão ter filhos? Se nos separamos: por que não deu certo? Se nos formamos: já estão atuando na área? Atualmente, uma conhecida referiu-me que está enfrentando dificuldades para atuar no mercado de trabalho e os avôs, que pagaram a graduação, cobram-na o sucesso pelo investimento que fizeram.

Ou seja, não basta estudar, temos que ter sucesso, não basta estar bem, temos que estar sempre sorrindo, não basta uma terceira colocação, temos que ser sempre o primeiro, temos que preferencialmente corresponder às expectativas daquilo que esperam da gente. Mas, tudo na vida segue o seu curso.

Se você está vivenciando um fracasso neste momento, não acha forças para retomar o rumo de sua vida e seguir adiante, uma boa dica é compartilhar, encontrar alguém que possa lhe ajudar a ver o mundo por ângulos diferentes. Pode ser um amigo, parente ou um psicólogo. Não seja tão perfeccionista, pois só o perfeccionista acredita que não pode errar, mas é quem mais paralisa diante de uma situação de fracasso e não faz nada, pois fica eternamente tentando fazer tudo “perfeito”. Lembre-se da frase citada anteriormente: “GRANDES EXPECTATIVAS, GRANDES FRUSTRAÇÕES”.

MAS ENTÃO, O QUE PODEMOS TIRAR DE PROVEITO NUMA EXPERIÊNCIA DE FRACASSO?


Eu diria que APRENDIZADO. Vamos pensar num casamento, num relacionamento que não deu certo. A partir desta experiência você poderá aprender que tipo de pessoa você não quer mais para a sua vida, ou ainda, que tipo de relacionamento você quer de agora em diante.

É sempre bom analisarmos que existe àquilo que podemos observar, ou seja, o fato e o observador. Desta forma, é preciso nos distanciar da situação e obter um olhar de observador, o que nem sempre é fácil, mas é o que nos auxiliará a compreender todas as lições que esse fracasso está tentando nos ensinar.

Toda decepção que enfrentamos no decorrer da vida, nos impulsiona a possibilidades infindas. Como geralmente nos sentimos na “estaca zero” nesta situação, podemos escolher ir para qualquer lugar, e de preferência, um lugar que gere mais conforto. Eis um bom momento de não repetir o que sempre foi feito.

O FRACASSO NOS SINALIZA, NOS APONTA ONDE ERRAMOS E QUAIS ASPECTOS RELEVANTES PRECISAM SER MODIFICADOS, MELHORADOS. PERMITA-SE FRACASSAR E BOA APRENDIZAGEM PARA VOCÊ!!!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

HABILIDADES SOCIAIS

Tenho observado cada vez mais, como as pessoas tornam-se infelizes em determinadas situações, pela falta de assertividade nas relações interpessoais. E foi essa percepção que me trouxe aqui hoje.

Diferentemente do que muitas pessoas pensam, a assertividade não tem a ver com “acerto” ou “acertar”, mas com “assegurar”, “afirmar”. Dito de outro modo, assertividade significa garantir o seu bem estar, mantendo o bem estar do outro também. Mais ou menos como se fossemos um bambu, firmes, porém, flexíveis.

Há um tempo atrás, conheci uma jovem que sentia dificuldade em dizer não às pessoas. Acreditava que dizendo não, as pessoas deixariam de gostar dela, denotando assim, um pensamento disfuncional. Evidentemente, sofria com isso. Certa vez, uma amiga lhe pediu emprestada uma roupa e ela deixou de usá-la naquele mesmo dia, porque não conseguiu dizer NÃO. 

Que estilo de resposta é esse, ou ainda, que tipo de comportamento a jovem exerceu?
Um comportamento conhecido pela TCC como não-assertivo. A não assertividade é a abdicação de responsabilidade e implica em uma renúncia. Praticamente convida outras pessoas a desconsiderarem ou a tirarem proveito da pessoa não-assertiva. Geralmente, a pessoa não-assertiva tende a “engolir sapos”, pois age de forma tal a evitar confrontos, preocupa-se em demasia com a opinião de terceiros, adotando com frequência uma postura defensiva.

Bom, percebo que muitas pessoas não comunicam o que sentem acumulando desta forma, sofrimento intenso. Porém, é possível manifestar tudo o que sentimos ao outro, sem necessariamente sermos agressivos, que também é um estilo de resposta, outra forma de comportamento.

Vamos pensar numa colisão no trânsito envolvendo duas pessoas. Uma sai do carro educadamente, tentando conversar para resolver a situação da melhor forma possível e a outra, sai do carro gritando, xingando o outro de "cego", "irresponsável", entre outros xingamentos.  Será que quem bateu, fez isso propositalmente? A pessoa agressiva não faz este tipo de questionamento.


A pessoa agressiva desconsidera os direitos e a dignidade dos outros.  Elas embaraçam e humilham. O agressivo invade o espaço do outro. O seu desejo de vencer é tão forte, que acaba adotando uma postura invasiva de confronto, criticando, jogando a culpa sempre em outras pessoas. Quem age assim, normalmente interrompe outras pessoas, usa de sarcasmo e suas solicitações mais parecem ordens.  


Então você pode se questionar, como agir com assertividade em determinadas situações?
Como vimos, existem três estilos de respostas: a não-assertividade ou passividade, a assertividade e a agressividade. A função do comportamento assertivo é comunicar ao outro os nossos desejos, as nossas angústias e como dito anteriormente, sem que para isso precisemos ser agressivos.

Quantas pessoas conhecemos que deixam de expressar o que verdadeiramente sentem e pensam, por medo de que seus parentes ou amigos deixem de gostar deles? Ou porque receiam que suas idéias sejam vistas como “bobas”? Cabe lembrar, que essa atitude não resolve seus problemas, apenas incita uma posição não-assertiva.
Naturalmente, ao emitir posicionamentos próprios, corremos o risco de eventualmente sermos criticados ou até mesmo ridicularizados, mas isso não preocupa as pessoas assertivas, pois mesmo falando “besteiras” vez por outra, elas já conquistaram o respeito e admiração, permitindo que suas preferências sejam respeitadas e suas necessidades satisfeitas. 
Com certeza, nem sempre é fácil ser assertivo. No entanto, é uma aptidão que pode ser aprendida, isto é, cada um pode desenvolver esta habilidade mediante um treino sistemático e estruturado. É importante destacar que a maior parte das pessoas não são assertivas em todas as situações. Por exemplo, podemos comunicar assertivamente com um colega de trabalho e ter bastante dificuldade em fazê-lo com familiares. Penso também não ser correto dizer que uma pessoa é simplesmente assertiva ou não-assertiva, mas sim que há ou não uma tendência para comunicar assertivamente em determinadas situações. Todos nós, podemos desenvolver habilidades que nossas histórias de vida não modelaram adequadamente. Através de Treinamento em Habilidades Sociais (THS), podemos avaliar o nosso grau de assertividade, possibilitando desta forma, tornar nossos relacionamentos interpessoais e intrapessoais mais satisfatórios e equilibrados.

Parafraseando Caballo: O THS não “obriga” as pessoas a atuarem de forma socialmente habilidosa, simplesmente as ensina maneiras socialmente adequadas de comportamento. É a pessoa que tem a decisão final.
Sendo mais assertivos, diminuímos nossa ansiedade, expandimos nossa liberdade e melhoramos a qualidade dos nossos relacionamentos, como também a nossa auto-imagem.

Texto base: Manual de Técnicas de Terapia e Modificação do Comportamento. Cap. 18 – Vicente E. Caballo.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

SIGNIFICADO E EMOÇÕES

Lembro uma vez que minha filha chegou em casa dizendo: “Mãe, como é que pode! Tem uma conhecida minha que tirou 9.2 numa prova de matemática e achou ruim. Em vez de ficar satisfeita com a nota ficou lá toda chateada, reclamando. Eu ficaria muito feliz com esse resultado”.
O que quer dizer isso?

Constantemente, observamos as pessoas se comportando e atribuimos significações, ou seja, tentamos interpretar o comportamento dela - de uma forma geral, tendemos a buscar pelo significado público daquela ação. Então, se observamos uma pessoa, como por exemplo, essa conhecida de minha filha recebendo uma nota em sala de aula, estamos propensos a dar significado para aquela nota.
Realmente fosse muito provável que essa pessoa ficasse bastante satisfeita com o seu desempenho. No entanto, ela pode ter um nível de exigência mais alto do que o de Marina, afinal, Marina disse que ficaria feliz. E mais.... pode ter características de personalidade obsessiva, e para ela 9.2 não ser uma boa nota, não implicar num bom desempenho. Bom desempenho para ela pode ser tirar sempre 10! Isso quer dizer que o significado público de uma experiência pode ser diferente do significado particular da mesma experiência.
Bom, para quem quiser se aprofundar mais no assunto, há uma obra de Beck, intitulada Cognitive Therapy and the Emotional Disorders – capítulo 3 que nos mostra através de vários exemplos a significação que a pessoa da para as coisas, para as suas experiências.
Por isso, qual é a importância de se ouvir atentamente o relato de uma pessoa? 


A importância é que nesse relato está cheio de idéias, de desejos que fornecem a matéria prima para o modelo cognitivo. O que ele quer de fato nos fazer compreender é que o sentido público da experiência pode não ser o mesmo que o sentido particular que a pessoa dá para uma experiência.
Então por essa razão Beck discute com o leitor o quanto ele precisa estar atento a narrativa, porque é no relato que observaremos a rede de significações que a pessoa da a um determinado evento. É essa rede de significações que nos dará a magnitude da emoção experimentada. Então isso quer dizer que nós sempre veremos pessoas passando pelos mesmos eventos, portanto com reações emocionais experimentadas muito diferenciadas.

PRINCÍPIOS DA TCC

Os dois princípios centrais da TCC são:

1. Nossas cognições tem uma influência controladora sobre nossas emoções e comportamento; e

2. O modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos padrões de pensamento e nossas emoções.


Um exemplo:

SITUAÇÃO: Uma pessoa que acredita que não conseguirá ler em público.

Pode ser difícil, mas provavelmente não é verdade que ela não consiga fazer isso.

PENSAMENTO: “Eu acho que não vou conseguir”.

EMOÇÃO: Medo, ansiedade, tensão...

REAÇÃO FÍSICA: A perna fica bamba.

O pior que pode acontecer é a pessoa ficar um pouco nervosa no início, mas na medida em que ela começa a falar, pode ir se acalmando.

COMPORTAMENTO: Enfrenta a situação.

Isso seria melhor do que realmente nem tentar. Ela percebe que o pensamento negativo apenas abala a sua motivação, mas não a impede de exercer a leitura em público.

☺QUE BOM.... Assim, podemos identificar os pensamentos automáticos prestando atenção nas mudanças de afeto e então modificá-los.

O que é PSICOTERAPIA?

De maneira bem sucinta, a psicoterapia é um processo voltado para o CONHECIMENTO DE SIAo longo de nossas vidas, adquirimos aprendizagens que vão nos direcionar na forma de agir, pensar e se emocionar, isto é, na constituição de nossa personalidade.

Através da Análise do Comportamento é possível compreender como comportamentos são aprendidos e que a maneira como uma pessoa aprendeu a emitir um comportamento não é igual para todos.

As crenças, isto é, as convicções, as premissas que existem nas pessoas sobre as mais diferentes circunstâncias da realidade, têm uma grande influência na percepção sobre a situação pela qual se está vivendo. Ou seja,  desenvolvemos pensamentos que são responsáveis pelos sentimentos negativos, que resultam em condutas inadequadas ou causadoras de sofrimento.

É no decorrer deste processo - de psicoterapia, que produziremos um conhecimento acerca de nós mesmos, abarcando os aspectos mais delicados de nossas vidas como nossos medos, anseios, perdas, enfim, situações dolorosas e difíceis que não estamos conseguindo lidar no momento.

Desse modo, o objetivo da Psicoterapia Cognitivo-Comportamental é promover mudanças. Identificar e modificar esses pensamentos que possam estar gerando esse sofrimento. Dito de outra forma, é reorganizar, ressignificar nossas crises existenciais e nossos sentimentos através de experiências positivas. Quando nos conhecemos, melhoramos a nossa qualidade de vida, convivemos de maneira mais saudável conosco, com o mundo e com as pessoas ao nosso redor.

domingo, 14 de agosto de 2011

Objetivo do Blog...

PSICOLOGIA NOSSA DE CADA DIA foi criado por mim, depois que uma amiga deu a ideia para eu criar um blog “falando” de Psicologia. Primeiramente, pensei em por que criar, se já existem tantos? Daí repensei....e por que não criar?


Cá estou eu, tentando justificar minha escolha. Quero dizer que aceitei este desafio porque gosto de experimentar as coisas da vida. Aos poucos descobrirei no que vai dar, como num experimento de laboratório ainda não descrito. Confesso a vocês que no início, pensei que seria fácil, seria apenas escrever, postar, e deu! Prontinho! Mas aos poucos, fui me dando conta que criar um Blog, assim como várias coisas na vida, não é tão simples quanto se pensa. Percebi que requer tempo para esta construção, e mais, esse constructo tem a ver com a sua i-den-ti-da-de, afinal, você tem que escolher desde o nome que terá, a figura fundo, cor, tipo de letra, com que tópico iniciará falando, até como você organizará as informações. Enfim......já que aceitei o desafio.....vamos lá!
O meu objetivo aqui é falar sim sobre Psicologia - sobre as coisas da vida e a vida das coisas. De uma forma agradável, pretendo explanar acerca dos eventos do cotidiano, e na medida do possível, desenvolver um olhar voltado para a Terapia Cognitivo-Comportamental, conhecida também como TCC, que é a abordagem que utilizo enquanto psicoterapeuta.  Porém, este olhar é claro, dependerá do olhar de cada um que por aqui passar.
Sejam Bem-vindos!!!!